SOBRE O AUTOR
RAMIRO FERREIRA DE FREITAS Professor membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Bacharelado em Direito na Unidade Descentralizada de Iguatu, da Universidade Regional do Cariri (UDI/URCA). Advogado, especialista em Bioética e Biodireito, pós-graduando em (1) Direito Internacional, (2) Filosofia e Direitos Humanos, (3) Docência Jurídica, (4) Docência do Ensino Superior e (5) em Ensino de Braille e Tecnologia Assistiva (possui, também, curso de aperfeiçoamento em Braille), mestre em Educação, especialista em Direito das Famílias (2018) e em Direito Constitucional (2019) pela URCA, Graduado em Direito pela mesma instituição. Colunista do jornal “Contraponto”, publicado pela Associação dos Ex-alunos do Instituto Benjamin Constant (Rio de Janeiro). Cumpriu estágio profissional na Procuradoria Geral do Município — PGM de Crato-CE, também exerceu atividades profissionais no Tribunal de Justiça do Ceará (Vara Cível). Foi pesquisador vinculado ao GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA EM DIREITOS HUMANOS DA UFCG – GEPDIH, pertencente à Universidade Federal de Campina Grande. Atualmente, é integrante do Núcleo de Pesquisa, Estudo e Extensão em Educação Física.
O “MEU” CORPO CEGO E A INVISIBILIDADE
A deficiência visual foi – e ainda é – percebida por muitos como um problema que leva a grandes incapacidades. No projeto de inclusão, ambicionado pelos recentes avanços médicos, pedagógicos e jurídicos, diversos “muros” imaginários ligados à intransigência secular adquirida pelo raciocínio dividido entre “normais” e “inválidos” foram substituídos pelas intenções de reconhecimento e acolhimento do outro (pelo menos quanto ao fornecimento de condições especiais no convívio reservado). Nesta obra, buscou-se inverter a ordem: quem fala é o “eu” experimentando, no próprio corpo, o “viver” sem enxergar. Ambígua narrativa, com proposta metodológica de longo prazo, o trabalho constitui esboço, pelo que uma sociedade fundamentada nos valores dignidade e autonomia passa a tipificar o fenomenológico constructo subjetivo, correrá riscos no momento do “desenho acessível” se não ouvir, vislumbrar e sentir tanto necessidades quanto possibilidades raramente cogitadas no hermético circuito dos “cuidadores”. Quando o objeto é difuso e confunde-se com o autor, olhará, o leitor, que nossa preocupação intelectual se justifica inclusive no instante da diversidade: os defeitos existem em todos os homens, fisicamente claros ou não, logo, as técnicas convencionais e adaptativas instituem nova época na qual, é saudável esperar, ninguém continue “apagado” em virtude das suas características oftalmológicas.
LEIA GRÁTIS AQUI
There are no reviews yet.