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Este trabalho de pesquisa intitulado “Estudos Linguísticos em Periódicos Veiculados no Século XIX – Vigia – Pará” foca-se no jornal “O Lusco-Fusco” de Manoel Alves Saraiva. Realizado pela professora doutora Elisa Maria Pinheiro de Souza, pela professora mestra Luanny Isabely da Silva Gonçalves, pela jornalista Ramayana Ísis Torres Pena e pela professora mestra Waldinett Nascimento Torres Pena, o estudo enriquece a cultura linguística da região de Vigia de Nazaré, Pará, Amazônia, Brasil.

A obra destaca a importância histórica da imprensa local no início do século XX, especialmente durante os anos de 1923 a 1924, trazendo à tona a trajetória de avanço tecnológico que facilitou a escrita e a leitura. A pesquisa detalha a evolução da imprensa desde 3500 a.C., passando pela criação da escrita na Mesopotâmia, até os exemplares do jornal “O Lusco-Fusco”. O estudo também aborda o surgimento da imprensa no Brasil em 1808 e a cronologia dos jornais no país até 2016.

Analisando a história da imprensa no Pará, as autoras destacam o surgimento da primeira tipografia em 1822 e o papel de Vigia como a segunda cidade a ter um jornal no estado. O trabalho inclui uma extensa lista de periódicos que circularam no município, enfatizando sua contribuição para a literatura e cultura locais.

Além disso, a pesquisa culmina na elaboração do “Dicionário Etimológico do Vocabulário de ‘O Lusco-Fusco’ 1923 – 1924”, focando nos aspectos morfológicos e semânticos da linguagem dos periódicos da época. A criação do jornal “O Lusco-Fusco” é apresentada como uma das maiores contribuições de Manoel Alves Saraiva, um jornalista paraplégico cuja dedicação à literatura e ao jornalismo deixou um legado duradouro.

O conjunto da obra torna-se importante não só pelo intenso trabalho de pesquisa realizado, como também por ressaltar, em suas páginas, a valorização linguística, literária e histórica da imprensa de Vigia de Nazaré – Pará, a primeira cidade fundada no Estado.